Dorme, oh Jesus (25.12.15)

Neste dia tão feliz
Eu não quero perder nem por um triz
Tua presença tão doce

Quero hoje fazer
Teu nascimento valer
E receber em mim
Tua presença tão doce

Faço-me manjedoura...
Vem menino e inclina-Te em mim
Queria ofecerecer-Te um jardim
Mas não tenho senão um coração ruim

Se não têm a Ti
Sei que palácios empobrecidos são...
Em contraponto, quis ser a riqueza e
mostrar Tua realeza em meu pobre coração. 

Faço-me manjedoura...
Vem menino e inclina-Te em mim
Vem dormir na sua Paz
em minha casa que Tua se faz.

Dorme em paz, oh Jesus...
Dorme em paz, oh Jesus...

Eu descobri (14.12.15)

Disse-me meu Senhor: Finalmente! Finalmente descobriu o que há tempos venho te ensinando.
Eu esperaria mais mil anos para que aprendesse que a espera te faz livre.
Pensavas tu ser escárnio meu para contigo a espera que te impus e viu sempre como fardo.
Hoje amadurecida, vê o bem que te fiz alargando seu coração em minha direção. 
Se fizesse tudo no seu tempo, do seu modo, do seu jeito,
jamais serias tão feliz quanto no que tenho preparado para ti.
Se faz tudo a teu gosto, onde está o meu? És, de fato, consagrada minha?
E minha vontade, onde fica?
Alargo o teu coração, para que venhas a mim e com uma nova consciência, digas:
"Só o teu amor me satisfaz, Senhor! "

Abraço Ensanguentado (07.10.15)

Quisera eu, já há muito tempo, ter recebido esse abraço...
Hoje veio com toda força e doçura
Com uma graça que nunca imaginei encontrar!
Abraço ensanguentado me destes, Jesus!
Me acolheu como nunca me deixei ser acolhida.
Porque Tu demorastes? Eu que não te deixei vir, não foi?
Hoje não teve mais jeito e não deixastes que eu adiasse mais.
Tocaste-me toda.
Manchaste-me e deixastes em minhas vestes puríssimo sangue.
Em um único abraço, abraçaste-me em meu presente, passado e futuro.
Nada escapou desse abraço.
Quem poderia me abraçar assim?
Quem poderia tocar-me em todas as minhas feridas e me curar?
Só Tu, Jesus!
Jesus flagelado me abraçou!
Tocou minhas vestes e me manchou de pureza.
Deu-me um pouco de sua realeza e me encheu de restauração!
Abraça-me, Jesus, com Teu abraço ensanguentado. 
Preciso de Ti me abraçando e me erguendo das trevas em que tantas vezes habito.
Já não quero permanecer em moradas escuras...
Quero eu morar no Teu abraço ensanguentado e dai não mais sair.

Deste-me uma cruz (25/11/2015)

Amou-me tanto o Senhor
Não se conteve em seus
oceanos tranbordantes...
Derramou-os em mim

Obra bela me fizestes e para
Refazer o que o pecado
desfez no meu coração,
dispôs Teu Filho diante de mim.

Deste-me uma cruz e mostrou-me:
Que o caminho é Teu Filho.
Que a verdade é Teu Filho.
Que  a vida é Teu Filho.

Quiz unir-me tanto a Ti,
Que com algemas de amor,
Fez-me livre acorrentada ao Senhor.

Sabias que só unida ao Teu Filho
Que eu chegaria a Ti
E mostrou-me que é a Cruz
Que refaz o que o pecado desfez.

Deste-me uma cruz
E nela soube que poderia
Ser forte na dor,
pois por primeiro à carregou o Senhor.

É tão bom Te ver

O Senhor vem sempre me amar
Todas as manhãs chega a mim
reluzente de amor e me afaga.

Em nome do Amor (23.09.15)

Em nome do amor,
Alguns fazem loucuras...
Alguns enlouquecem...
Alguns perdem a vida...
Alguns entregam a vida...
Alguns buscam atalhos...
Alguns desaparecem...
Alguns perdem tudo...
Alguns não ganham nada...
Tudo em nome do amor... Seja o que for:
À família, ao trabalho, aos amigos, às coisas...
Um outro Amor me conquistou...
Já não quis ter nada e só a Ele, que me bastava,
decidi dar tudo que tinha em meu nada.
Por Ele, fiz loucuras e  criei juízo...
Com Ele, ganhei vida...
Por Ele optei pelo caminho estreito...
Com Ele, eu cresci...
Por Ele, eu deixei o que mais amava...
Com Ele, eu passei em vales tenebrosos...
Por Ele, eu me esgoto e me canso...
Com Ele, eu tenho descanso...
Por Ele, hoje eu escrevo, canto e danço...
Com Ele, o tempo nem sempre tem remanso...
Em nome desse Amor,
eu não quis nada possuir se não fosse por Ele.
Se amo alguém, é por Ele.
Se tenho algo, é para Ele.
Se me alegro, é com Ele.
Em nome desse amor,
eu renunciei a tudo, pois embora eu tudo amasse,
não havia nada que se comparasse
com tão terno Amor.
O AMOR.

Às vezes (20.08.15)

Às vezes, me esqueço que é a Ti que amo.
Às vezes, me esqueço que foi a Ti que me consagrei.
Às vezes, me esqueço que é só o Teu coração que por completo me entende.
Às vezes, me esqueço que preciso renovar meus compromissos diariamente.
Às vezes, me esqueço que sois o sonho e minha aspiração interior mais sublime.
Às vezes, me esqueço que só Tu tens o que procuro.
Às vezes, me esqueço que não preciso mendigar amor.
Às vezes, me esqueço que minha sede é de Ti.
Às vezes, me esqueço que só Tu tens a amizade mais fiel.
Às vezes, me esqueço que só Tu és capaz de suprir os abismos das minhas necessidades.
Às vezes, me esqueço que foi Teu abraço que me abrigou quando estava sem lugar pra ficar.
Às vezes, me esqueço que das Tuas palavras acalmando-me os soluços de desespero!
Às vezes, me esqueço que foi o Altíssimo que me chamou, o Criador do Céu e da terra.
Às vezes, eu só queria lembrar que sou Tua filha redimida no Cordeiro de Deus.

Teu olhar (20.08.15)

Melodia doce o Teu olhar,
enquanto em mim, amarguras me fazem afundar.
Afundam-me na falta de generosidade em Te entregar meu tudo.
Aquela pobre mulher, não tinha nome nem ninguém por ela.
Nem marido nem filhos à acompanhar.
Pensava ela estar só.
Teu dulcíssimo olhar lhe era oculto à fazer-lhe companhia...
Levantando os olhos, fitou-a e a viu dar tudo que tinha e já não lhe restara nada para viver,
a não ser a graça emanada do Teu olhar.
Não tive a mesma atitude que aquela mulher.
Teu olhar não me encontrou dando-me inteira.
Sobras te dei ficando comigo muito para sobreviver.
Aquela mulher vive da Tua graça.
Eu sobrevivo do meu egoísmo que travou meu tudo doado.
Quando levantar Teus olhos novamente,
quisera eu que me encontre despojada do meu nada,
pensando ser meu "tudo", que,
de fato, vai ser sempre nada se não se encontra entregue diante do Teu doce olhar.

Conhece-me toda! (04.08.15)

Meu Senhor, tudo sabes de mim...
Nada em mim Te é oculto.
Conheceis e penetrais o meu
pensar.

Como poderia eu tentar fugir de Ti?
Estais em todo lugar, estais onde não estou e nunca estarei.
Sabes tão quilométrica a distância entre mim e Ti,
mas percorres incansável e buscar-me, Tu queres.

Tu já conheces o que vou dizer antes que eu queira dizer...
Me envolves por todo lado e me amas!
As trevas em claridade se desfalecem em Tua presença.

Que são os abismos para Vós, que sois o Altíssimo?
Quem pode amar-me como Vós?
Quem pode conhecer-me como Vós?
Quem pode desejar-me como Vós?

Nenhuma de minhas entranhas Vos são estranhas...
Conhece-me toda!
Teceste-me o coração e soprastes sobre mim a vida.

Quem se opõe contra meu Deus?
Como não odiá-los, pois odeiam a Ti, Senhor?
São também meus os inimigos antes só Teus.
Conduze-me pela senda da verdade...
Conduze-me e eu descansarei eternamente em Teus braços.

Voltar para Deus (03.08.15)

Preciso voltar.
O que me aconteceu?
Não estás longe.
Sei que aqui estás,
mas eu aqui não estou.

Tu não te distancias nunca.
Eu vou longe... Vou embora, me desprendo de Ti.
Tão ligeiro Te esqueço...
Juro-Te amar para sempre e sempre esqueço de manter-me fiel. 

Preciso voltar a Ti.
Voltar para Deus, todos os dias
me é mais que necessário.
Voltar para Ti, oh Deus, retornar à nossa história de amor, nossas conversas e até mesmo nossas desavenças.

Preciso, desejo e vou voltar a Ti.
Me aguardas sempre no lugar
onde te deixei... Tanto ainda há para
caminharmos e não desististes de mim.
Ao contrário, como criança esperançosa aguarda meu retorno.

Preciso voltar.
Estou voltando.
Eis-me aqui.
Acolhe-me, oh meu Jesus.

Lágrimas (04.03.15)

De alegrias ou tristezas, elas chegam
rompendo todas as barreiras.
Translúcidas as emoções desabrocham

Nos caminhos que Tu me deste.
Elas são meu alívio, 

meu pão e alento...
Quando dolorosas, aliviam-me 

ao esvaziar minha dor!

Quando alento, lavam-me 

das minhas lamas do tempo 

do despudor.

Promessas Tu me fizeste,
Quanto mais lágrimas esvaírem-se 

de mim, mais talhas encherei,
sendo assim, grande o gozo 

do vinho novo.

Quanto mais semear entre lágrimas,
mais fértil será o chão germinando 

Tua vontade, preparando-me sorrisos 

sem fim.
Envolta nos braços do Teu abraço 

na eternidade, chorando aqui minhas 

pobrezas, ansiando um dia enriquecer-me 

de Ti, só posso, então, me derramar em 

louvor, pois minha alma como a de Tua

mãe canta: maravilhas em mim o Senhor!

Zaqueu foi roubado (30.06.15)

Zaqueu, chefe de pecadores públicos.
Aquele que roubava dinheiro do povo e
tinha sua fortuna cada dia maior, 

seguida de um vazio proporcional à 

sua riqueza.

Esse mesmo Zaqueu, por Jesus teve 

algo roubado e se arrependeu. 

Quis restituir o que pegou sem ser seu
e a cada quantia roubada dava quatro vezes
mais do que era seu.

Jesus foi bem mais esperto que Zaqueu...
Roubou-lhe o coração e o deixou indefeso.
Talvez na sua lógica, queria receber
ele também quatro vezes mais do Senhor,
mas não contava com seu grande Amor
derramado numa Cruz, infinitas vezes 

mais de tudo que merecia.

Jesus o escolheu e acolheu 

nele a ovelha perdida, 

que sofre a procura de um pastor.
Jesus entrou na casa de Zaqueu e
nunca mais saiu de sua vida.

Zaqueu pagou o que roubara
e recebeu tudo que precisava.
Jesus me amou em Zaqueu.
Jesus me conquistou tal qual Zaqueu.
Jesus me roubou no coração de Zaqueu.

Liberdade interior (26.06.15)

Hoje sou livre.
No tempo da escravidão, 

tudo em volta era pesado 

e doloroso.
Hoje continua tudo como antes.
Não eu! Já não sou como antes...
Agora mais parecida com o que 

Ele deseja:  Abandonada em braços 

que podem acalmar tudo. 

Abandonada no coração que tudo pode, 

verdadeiramente, restaurar.

Estágios (13.06.15)

Há muito tempo o
coração não doía.
Voltou hoje para alguns
abismos passados, 

já enterrados, eu os busquei.

Poderiam ter ficado onde estavam,
sem que eu os fosse desenterrá-los.
Teimosa, cavei e encontrei a 

mulher que ainda chora,
a menina que ainda desfalece 

pequena e sem forças diante da vida.

E Tu aí, perfeito, me esperavas,
e eu me enganava pensando que 

algo escapava do Teu conhecimento.

Me guardas em Tua casa e me
quer ajudar-me no meu sofrer.
Desejas ajudar-me a encarar quem sou.
Olhando para mim com Teu olhar, 

quer  restaurar-me na Tua ótica.

Sou imagem e semelhança,
mas em mim, de tanta desconfiança,
só vejo meu cair. 

Dá-me Teus olhos, então,
com os meus já não posso olhar.
Os Teus me restauram e os
meus só me estragam.

Preciso de Ti. 

Cuida de mim, Jesus!

Montanhas (30.05.2015)

Teus carinhos de Mãe conquistaram
para sempre meu pequeno coração.
O teu tão singelo e imenso, fostes
a primeira Anunciada da Salvação.

Tudo começa com um chamado e,
embora tenha perguntado como 

se daria, ao teu não resististes e 
toda disposta, exitar não podia.

"Antes do tempo da promessa se completar,
há sempre montanhas a se enfrentar."
Dizias a mim desejosa por me
ajudar em meus penhascos.

Para conseguir o que tu conseguistes,
imitar-te me é necessário e ao Santo 

Espírito devo abrir-me, deixando 

que Ele me leve às alturas em que 

tu fostes com teu servir.

Fiel e santa Mãe minha,
descobri agora quanto amor
havia em teus braços...
Servindo Isabel exercitou-os,
ainda com mais amor, esperando 

a hora de afagar o Salvador.

Caminho (25.02.15)

Não se perca no caminho.
Se for preciso, o refaça, 

mas não desistas. 

Tenha firme propósito 

de esperança em Mim 

e não desfaleça no RECOMEÇO.
Quem não refaz o caminho 

pode talvez não reencontrar-se

com a graça do início. 

Se te proponho um recomeço, 

a farei ainda mais forte de que 

quando começou.
Não temas a queda, 

ao contrário, levanta pois, 

com mais força, 

com desejo de não 

mais cair no que a derrubou.
Levanta com mais ousadia 

de viver Minha Palavra e 

de se deixar ser destinatária 

de uma graça superabundante 

em sua queda, em seu pecado.
No amor incondicional de Deus, 

deixa-te amar. 

Permita Deus te amar nas 

incondicionalidades do teu coração. 

Poucos se permitem ser amados 

no erro, na queda, no pecado.
Humilha teu coração e deixa Deus 

te amar ainda suja. 

Ele quer a oportunidade de te limpar.
Se não há pecadores que queiram 

e deixam-se cuidar e amar, 

não tem porque um Deus, 

que é AMOR, existir.

De pé (29.05.15)

Rastejando eu vou,
tentando alcançar-Te.
Não caminhas ligeiro...
Eu que demoro a levantar-me.

Tu vais caminhando e me atrai 

Teu canto.
Cantas ao céu, à terra e ao mar, 

e eu aqui a calar.
Palavras não tenho, imagine cantar.

Tu vais caminhando, eu rastejando...
Olho para Ti e fico a pensar como
não me deixas, desistindo logo de mim.
Ficas, no entanto, e quer ver-me de pé. 

Tens paciência porque me amas... 

Grata e constrangida sou e
tens para sempre o meu amor.
Enquanto o Teu me 

dá inteiramente,  preciso dar-me 

somente. 

Nos Teus braços findar-me.

Demoro para erguer-me...
Tu vens comigo, fazer-Te
todo ligeiro, inclina-Te e
uma Contigo me faz.

Valioso é não desistir,
pois inclinou-se o Amor
para provar minha dor e
erguer-me, pondo-me  

toda de pé.

Se obediente queres ser (21.05.15)

Se obediente queres ser,
humilha-te na lida do dia a dia.
Faça-te pequena, pobre e serena
no pouco que Eu lhe enviar.

Se obediente queres ser,
nas grandes e importantes 

coisas da missão,
Sê primeiro no pouco 

e no insignificante a mais honrada 

e honesta filha obediente.

Se obediente queres ser,
Faça tudo com grande amor.  
Derrama gotículas de amor, 

suor e sangue  no menor e 

pequeno serviço que Eu lhe enviar.

Se obediente queres ser, inquieta-te 

antes pelo que é pequeno,
para no que for grande, ser a mais 

dileta filha obediente.

Se obediente queres ser,
faça-te tal qual cordeiro,
puro e sem mancha,  calado, 

humilde e amoroso nas pequenas 

e grandes coisas.

Se obediente queres ser,
no pouco sê fiel, para no muito 

seres perfeita, qual humilde 

Eu sou na obediência.

Rainha (20.05.15)

Entre todas, a mais bela.
Entre todas, a mais digna.
Entre todas, plena e cheia.
Do amor de Deus tão completa.

Entre todas, a mais pura.
Entre todas, a puríssima.
Entre todas, só tu por completo tens a beleza,
que das outras foi usurpada foi pelo pecado.

Entre todas, a mais doce.
Entre todas, tão augusta e Virgem Mãe.
Entre todas, toda Imaculada.
Sem mancha alguma em suas vestes de Noiva.

Entre todas, a inteira.
Entre todas, a que não foi quebrada.
Entre todas, a que não foi estilhaçada
pela culpa que não nos permitiu ser inteiras.

Entre todas, a toda ornada.
Entre todas as que de farrapos são vestidas,
enquanto de brocados de ouro
a Rainha vem encantando o Rei.

Entre todas, a que suplica e intercede.
Entre todas, a que ama Seu Filho 

Jesus sem igual amor. 

Entre todas, sois a Mãe do Rei.
Das pobres filhas sois, a Rainha. 

A mais bela e benditas entre todas as mulheres.

Encanta-me (20.05.15)

Jesus, não paro de pensar em Ti...
No Teu amor, na Tua misericórdia,
bondade e compaixão,
Nada, porém, me tem encantado 

mais que pensar em Tua obediência 

inclinada ao Coração de Deus. 

Tu te fizestes carne, 

abandonando o aconchego 

em que vivia...
Para nos alcançar pequenino se fez. 

Nos alcançando, nos salvou, 

aniquilando-se totalmente.
Passou pela Cruz 

e ali deixou Tua vida 

nos tirando da morte...
Maior e mais humilhante 

morte não houve nem haverá...
Maior e sem igual prova de Amor!
A recompensa veio das mãos

 misericordiosas do Teu, 

e agora Nosso Pai.
Ele nos presenteou 

com Tua Ressurreição 

e Te glorificou, levando-O 

para junto de Si.
O Pai amou-Te tanto 

no reencontro da Ascensão, 

que derramou em nós brasas 

ardentes desse Amor.
Essas brasas, estavam no coração 

de Jesus ajudando-O em sua missão.
Essas brasas postas em nós, nos fazem 

continuar perseverando, ultrapassando 

e vencendo as aflições desse mundo.
Essas brasas nos fazem acreditar 

e, cada vez mais sonhar com a 

recompensa junto a fornalha 

do Coração do Pai...
Vai chegar, eu sei que vai chegar, 

o dia em que seremos abrasados 

eternamente e não seremos apartados 

jamais das chamas do Teu Amor.
Abrasa-nos com Tuas brasas, 

Santo Espírito, doce ajudador! 

Permanecei em nós e fazei ardorosos 

os nossos corações, até que venha a 

recompensa do tempo que aqui

obedecemos o Pai, em Jesus, por Ti.

Mãe de Fátima (13.05.15)

Minha Mãe querida! 

Como não ficar feliz nesse dia dedicado a ti? 

Saibas que tua e sempre tua serei para, 

cada vez mais, amar e honrar a Jesus, 

o Verbo encarnado, com minha pequena vida.

Sou feliz por ter-me achado merecedora 

de ser tua filha consagrada desde antes de nascer e, 

que presente para mim, nascer no dia daqueles que 

a Senhora achou dignos de contemplar tua beleza 

e ouvir teus segredos vindos da Salvação de teu doce Filho Jesus.

Tão pura Mãe... 

Quem por ti pode queixar-se de desamparo? 

Quem pode queixar-se de desamor? 

Se é Mãe do Amor e o fruto de teu ventre é Amor, 

o que poderia vir de ti senão o puro Amor?

Em ti o Pai tem o coração consolado, 

pois és o tesouro de Sua criação. 

Do Filho és a alegria e aconchego. 

Do Espírito és morada perfeita de Seu Amor.

Minha és advogada, esperança e Mãe. 

Defende-me nas batalhas, 

guardas para mim um lugar nos Céus 

e cuidas de todas as minhas necessidades.

Obrigada, Mãe por tanto amor, cuidado e proteção.

Poucas palavras (09.05.15)

Pensei em ti e palavras procurei,
poucas encontrei,
capazes de dedicar-te
um pouquinho de amor.

Das poucas que encontrei, nenhuma com beleza
comparada a que de ti reluz.
Pobres e vazias para
Quem é Rica, Cheia e toda
Plena do Deus vivo.

Debaixo dos Céus, quem como tu?
Entre as mulheres bendita, pois em ventre
singelo traz o Bendito rebento.
Abaixo de Deus, quem como tu nos Céus?
Não é sua mera moradia, pois dele sois Rainha.

Tão Augusta Mãe...
Pelas lidas vindas de Deus
Se aqui me faltam os carinhos maternais
daquela em quem Deus me gerou,
aos teus embalos me resguardo,
Santa Mãe de Deus, que minha se fez pela
misericórdia do seu Salvador.

Se tens a Mim (29.04.15)

Se tens a Mim, o que procuras?
Sou todo Teu e Me entrego a ti.
Se tens a Mim, do que necessitas?
Só de Mim será saciado teu coração.

Desprende-te do mundo...
Se vens ao meu coração terás muito mais.
Não te aflijas o coração...
No Meu encontrarás tanto gozo,
Que será alegre o sofrer aqui.

Se tens a Mim, não te percas aí do lado de fora.
Vens aqui dentro de ti,
Eis-me aqui! Procuras-me fora...
E eu dentro de Ti, ansioso a te esperar.

Desprende-te dos devaneios deste mundo.
Aqui dentro aguardo-te,
Obstinado por teu abraço,
Desejoso de teus beijos...
Qual Esposo aflito em ânsias de Amor,
Desejoso da presença tua, amada minha.

Começo do recomeçar (22.04.15)

Hoje sou livre.
Não quanto desejo nem 

tão pouco quanto era no tempo 

da escravidão.
Lá tudo era pesado e doloroso.
Hoje tudo continua igual, não eu.
Já não sou como antes, 

porém sou agora mais 

parecida com o que Ele deseja:
Um abandono em braços que 

podem acalmar tudo, mesmo 

que as aparências digam o contrário.

Do lado de fora, gritos e lágrimas,
Dentro, consolo e desprendimento.
Os vendavais atrozes a tudo vai 

destruindo, mas a paz do Teu 

amor não me deixa. 

Não se corrompe um instante sequer.
Só o Senhor pode conseguir coisas assim.
Só consigo chorar, tão criança desconsolada. 

Tu vens sorrindo, me abraça e me vai levantando.
Se caso cair de novo, Teus braços já conhecem 

meus fardos. Não vais me negar... 

Nunca negas abraços.
Às vezes Te empurro, tento afastar-me. Boba! 

Sempre acho e chego a tentar me esconder... 

Tuas mãos me encontram antes das minhas 

tentativas de fuga.
Quando em Ti me encontro, 

percebo que não haveria melhor 

lugar para me esconder. 

Sei que sempre vais vencer... 

Não sei porque luto contra Ti.
Nas Tuas vitórias, eu sempre derrotada, 

me dás a coroa do recomeço.
Comecei tantos recomeços. 

Mais um me oportunizas.

Que eu não perca as chances que me dás. 

Que eu não perca a chance de começar 

o recomeço.

Maravilhoso Jesus (11.04.15)

Meu doce Jesus, 

agradeço-Te pela vida 

de Tuas mãos doadas a mim.
Especialmente hoje, 

quero agradecer também 

pelos sofrimentos que me dás.
Agradeço-Te as lágrimas 

e o sangue, que outrora 

de Tua sagrada face surgiram 

e hoje na minha escorrem.
Agradeço-Te as supremas 

angústias que suportaram 

Teu coração e a mim dás 

um pouco para Contigo 

encontrar consolo somente 

em Deus, Teu Pai.
Agradeço-Te os flagelos 

tão Teus e hoje tão meus, 

que rasgaram-Te o corpo 

e restauram o meu.
Agradeço-te Tua face 

desfigurada que na minha 

transcritas tantas vezes 

naquilo que vivo.
Agradeço-Te pelas quedas 

no caminho da Cruz, 

sendo elas tão constantes 

no meu caminho.
Agradeço-Te por me achares 

digna de sofrer Contigo 

e junto de Ti um dia, 

falaremos de tudo que 

me ajudou chegar à 

eternidade feliz do Céu.

Deus de vingança (03.04.15)

Decobri-Ti vingativo,
mesmo sendo todo Amor.
Pensei por qual motivo
quiseste mostrar o Teu furor.

O pecado entrou no mundo
e ferido de ciúmes, irritou-te.
Pensaste por qual plano vingarias
Para tornar Teus filhos restaurados.

Teu Filho entregaste, para salvar os 

filhos de Adão.
Um Cordeiro novo nos deste, sendo

Ele capaz de tirar os pecados do coração.

Obras numerosas fizeste, mas nenhuma 

como o Cordeiro de Tuas mãos.
Feriste Vosso Filho, para tirar-nos da culpa, 

dando-nos perdão.

Vingança maior não conheço, do que esta

de um Deus tão pleno de compaixão.
Assaltaste o pecado com golpes baixos,
com Amor tão alto, quiseste dar-nos 

restauração.

A coroa (23.03.15)

Meus pecados trouxeram-me 

consequências, quisera eu que 

fossem só para mim.
Meus pecados fizeram-me 

turbulências e tudo inquietou-se 

dentro de mim.

Caminhando nessa minha vida,
pude ir compreendendo Tua morte.
Morte de Cruz...
Antes de nela chegar, sofreu tanto 

por mim o meu Jesus. 

Fiz com minhas mãos, uma pequena 

coroa de espinhos, ferimentos pequenos 

fiz em meus dedos...
Bem maiores, porém, 

foram os de minha maldade 

em Tua cabeça,  

Antes da Cruz chegar,
provastes Teu amor por mim.
De tantas dores coroado e
de tantos modos flagelado,
não desistiu de mim o Amor.

Contraditório o Amor me alcança
e enquanto o firo-Te a cabeça,
Tu vens beijar e sossegar a minha.
No Teu peito largo de Amor encharcado,

pequena e maltrapilha, só desejo esconder-me.

Não de Ti, mas em Ti e todos os dias 

ser lavada com o precioso sangue 

do Redentor.

Tu és meu consolo (17.03.15)

Só Tu me conheces,
por dentro e por fora.
Contigo não preciso pôr fora
nada do que sou.

Só Tu me acalmas,
Por dentro e por fora,
Agora e em toda hora.
Me lanças em colo 

tão abrasador.

Só Tu me entendes,
por dentro e por fora.
Sabes a exata hora, que aflito
meu coração chora.

Só Tu me consolas,
por dentro e por fora.
Na mais sublime hora, 

de Ti mesmo alimentas 

meu coração.

Tu me livraste, eu voltei (10.03.15)

Livraste-me Tu que és tão forte,
mais forte que aquele que me
preparou armadilhas infernais.
Livraste-me Tu, que és amor,
me amando cada vez mais,

preparando armadilhas paternais 

que não pude resistir.
Olhos ansiosos nas frestas da janela,
peito aberto esperando minha cabeça,
mãos paternas ansiando meu toque pródigo.

Eu voltei, pois braços como os Teus
não encontrei.
Amor como o Teu, só mendiguei.
Olhar como o Teu, só procurei.
Ah! Que belo amor é esse?!

Escrava me fiz de amores tão pobres,
podendo eu ser tão rica de Ti.
Escrava me fiz de amores tão algozes e
hoje sou livre, tão presa a Ti.

Ah, meu bom Pai!
Cuida das feridas do caminho regresso.
Cuida das cenas fixadas em meu pensar.
Cuida das fendas abertas em meu coração...

Preenche-as com Teu amor.
Tranquila posso aninhar-me em Teu
peito doce e puro de Pai.
Demorei tanto para reencontrá-lo...
Já não posso, nem consigo,
apartar-me de Ti.

Recomeço (25.02.15)

De toda luta que se trava
Se não é com Tua força,
esmorecemos.
A nossa não passa
que orvalho da manhã...
O sol a destrói ligeiramente.

De toda luta que se trava
Se não é com Tua doçura,
azedamos.
O mel torna-se pérfido,
pois o amargo o destrói
ligeiramente.

Nem de toda luta que se
trava vêm a vitória.
Certamente vem, porém,
A esperançosa graça,
De noutra oportunidade, vencer.

Nem de toda luta que se
trava vêm o gozo.
De Ti certamente vem, porém,
um convite sempre novo
de viver um recomeço.

Lembretes do Sagrado (21.02.15)

Dolorido, meu coração
chorou tantas vezes
Inflamado de cólera e dores
Esqueceu-se de Ti. 

Tu, fiel como és,
Rodeavas-me de bilhetinhos,
De amor encharcados,
Lembretes do Sagrado. 

Não os pude encontrar,
Ora de dor desfalecida,
Ora de pecados guarnecida. 

Tu porém, não desististes!  

Buscavas-me e cada vez mais
Escrevia-me ansioso que eu lesse.

Aos poucos encontrei rascunhos
de Tuas mãos amorosas,  

Mesmo com a visão muito turva,
Meu coração respirou com mais paz.

Tu ficastes feliz com meu pequeno
progresso, deixando transbordar de
Teu coração chagado o Amor,
Abrir-me ao regresso.

Voltei! Não por minha força
ou por meu desejo, acontece
que Teus lembretes me trouxeram
de volta.
Em cada lugar estavam espalhados,
dando sentido e pela graça fazendo
tornaram-me filha de novo. 

Hoje compreendo que os lembretes
de tuas mãos amorosas, deixaram
o mesmo amor, não importando
se em momentos ruins ou bons. 

Tu, bondoso amigo, amastes-me
mesmo  quando estava cega.
Agora enxergo-Te ainda turvo,
estou feliz, parece amar-me cada vez mais,
pois tenho percebido o sentido de cada
lembrete deixado em toda minha vida.

São lembretes não do meu pecado,
da minha miséria, são  recados
carinhosos deixados ao longo do caminho
que me recordam o Teu Amor
São  lembretes espalhados 
por todo lado, são
Lembretes do Sagrado.

Sofre o coração meu (15.01.15)

Sofre o coração meu perguntando-se
até quando tardarei em  amar-Te

Sofre o coração meu aninhado
em desejos meus irrealizados,
chorosos em tantas esperas
infindáveis minhas.

Sofre o coração meu acabrunhado
e desfalecido por romper Contigo
o contrato de Amor que Teu Filho
selou na árvore da Vida.

Sofre o coração meu ao ver
o Teu e perceber que nada é
o que sofro e nada me deves,
se o que sofro não me salva
e sim o que sofres.

Sofre o coração meu,
não sofre como os santos
sofreram.
Ficam interrogando-me
meus sofrimentos: se não é por,
com e para Ele,
por que com quem
e para quem sofres?

Sofre o coração meu tardando
a entender o sentido
do sofrimento, que sofrendo
por si mesmo deixa de sofrer
por Quem ama.
Sofre o coração meu
por não perceber o sentido
do sofrimento: o Amor.

O amigo Jesus (05.02.15)

Meu doce amigo!
Jesus é o Seu nome,
O mais forte e marcante de todos...

Marcante tanto quanto nosso encontro.
Em Teu olhar perdi-me como Mateus.
Quando viestes em minha casa,
como fostes a de Zaqueu.

Criança mimada,
me perco de Tua amizade.
Num canto te deixo só.
Me distraio com novos "amigos",
esquecendo-me do meu primeiro Amor.

Criança arrependida, saudosa suplico-te:
Voltes ao lugar que é Teu em meu peito.
Esvaziaram-me os "amigos",
perdi o Teu encanto.

Voltes, não tardes mais!
De amor quero de novo ser envolvida
e para sempre ficar Contigo, meu doce 
amigo, Jesus!

No amor, filha sua (17/01/15)

Chamou-me a vida
Amou-me na sua vida.
Deu-me sua vida e por ela
Fez-me filha do Pai em ti.

Trabalhastes a vida toda
Pelo dia em que ela me doaria.
Trabalhastes com os instrumentos
que pregaram-Te no madeiro e nos
livrastes por inteiro.

Trabalhastes com a madeira durante anos
E na plenitude dos tempos o Cordeiro
se imolou, dando-nos vida plena em Ti,
fomos redimidos pelo Salvador.

Doce coração em tão
doce paixão abandonado,
Doce amor  que vendo os endividados
Deu-se, sendo um Deus supremo,
deixou-se ser aniquilado.

Dois mil anos (16.01.15)

Compreender não cabe a mim,
Amor tão violento e brando,
tanto tempo já se passou
e ainda falam de Ti.

Compreender já não cabe a mim.
Eu que fui conquistada por tal amor,
por dois mil anos encantando-nos
o brilho de tão doce flor.

Compreender não posso,
podendo só te amar
e sendo amada, amar quem me dás
para apaixoná-lo por Ti,
no amor que nos dás.

Compreender já não posso,
os olhares que não se cansam
de espanto ou encanto,
Da Cruz não conseguem fugir.

Compreender pra quê?
Se ao Amor não cabe retaliação.
Sendo suficiente apenas abertas
as portas do coração.

Tumulto (05.12.14)

Quisera que o verbo 

ficasse sempre no passado:

“Estive longe de meu Senhor!”

Se ainda no presente o ouço ressoar

Dói-me o tumultuado coração.

Quisera uma vez ao menos

Sentar-me aos pés do Mestre

E lavá-los copiosamente com

As lágrimas do tumultuado coração.

Quisera estar a sós e falar 
ao ouvido do Senhor e saber 
que também sou ouvida.

Recostar minha cabeça em seu peito

e descansar o tumultuado coração.

Quisera eu não andar mais perdida,

Atrás das recompensas do Divino.

Mas, dar-me apenas e recebê-Lo em mim,

Refazer-me e não ter mais um tumultuado 
coração!

Morrendo de amor (13.11.14)

Quisera eu como Cecília morrer 
tão inflamada de amor, cujas cordas 
vocais, embora dilaceradas cantavam 
melodiosas o amor que as inflamava.

O último e forte motivo para
apartá-la do amor que a nutria,
Tentou por três vezes perder-lê a vida
Separar o seu corpo de sua cabeça, 
o algoz determinado assim a feria.

Querem separar-Te, oh Cristo, 
de seu corpo que és Tu a cabeça
e o corpo por Ti conduzido peregrina 
no mundo a proclamar-Te.

Cecília, embora em leito de morte,
Ensinou ainda Tuas maravilhas.
Quero eu também cantar morrendo 
de amor maravilhas em canção, 
esperando ainda em vida, ter um último 
motivo a impulsionar-me com mais desejo
a alcançar a vida sem fim que ainda em Ti 
espero.

Meu coração está pronto,
se o recebo em comunhão
que importa que o meu corpo feneça,
se o Teu habita nas moradas eternas
lá do Céu?

Pobres Flores (10.11.14)

As rosas que Te dei
efêmeras, morreram.
Pobres flores, 
não tem a mesma sorte que eu tenho!
Se me encontro vazia da beleza
que antes me envolvia, basta ficar
um pouco aos pés da Fonte e me 
volta o vigor
Pobres flores, 
não tem a mesma sorte que eu tenho
Que fonte poderia voltar-lhe à vida?
Nascem e morrem uma só vez e eu
Tantas vezes nasço e morro.
Tantas vezes me vem a vida de novo, 
nascendo da Fonte. 
Embora eu não merecesse, assim me acontece.
Óh, pobres flores, 
não tem a mesma sorte que eu tenho.
Não digo mais sorte, 
pois no fundo não se trata disso...
Vocês, flores, podem até ter sorte, 
porém eu tenho a Fonte,
Eu tenho o Amor!

Sol da Vida (06.11.14)

Bom dia, sol!
Não posso fitar-te.
Fixar os olhos em ti não devo.
Não consigo nem quero,
Olha-lo me queimaria o olhar.
E já não poderia ver tudo 
o que me mostra a tua luz.
Revelas tantas coisas 
e nelas teu fulgor.
Tua luz, teu calor, teu brilho
Mas tu permaneces oculto,
sendo tu revelado nas criaturas.
Olhar-te talvez não seja mais preciso,
Sinto-te queimando-me o peito.
Se não o vejo, que importa?
Se dentro e fora de mim 
o ardor é real, é singelo.

Vejo tuas formas apenas duas vezes...
Nas manhãs e nos crepúsculos
No início do dia, saudoso me beija 
com esperança do amanhã. 
Não durante o dia, sinto-te apenas 
e vejo as coisas por causa de ti. 
Se te ocultas nas nuvens 
posso fitar-te um pouco a silhueta, 
mas já aqui tudo fica meio ofuscado.
Talvez assim seja também a vida 
com meu Jesus. 
Não te comparo a Ele sol, 
antes de começar a comparação, 
tu perderias.
De ardor, fulgor, calor e brilho
Nem tu, oh soberano da galáxia,
Chegaria às portas do palácio 
de meu Rei...
Não chores tu sol, 
pois embora sejas criatura, 
tens importância.
As menores florzinhas 
chorariam sem ti...
Mas o meu Jesus, ah!
Abre-me a vida, 
despertando-me das trevas
Chama-me o dia inteiro 
e mostra-se em meio as 
tribulações nebulosas.
Não é preciso questionar-te 
a presença. 
Está sobre minha cabeça 
me abençoando, mesmo 
em dia de chuva fria,

Oh, crepúsculo! 
Quando chegarás?
Agora entendo o desejo 
de que esse dia logo 
passe e ao morrer o sol
Esteja eu também em Teu Reino.
Que será ver-Te, Rei, meu doce Jesus?
Se olho em tudo e sempre encontro a Ti!
Amando-Te aqui vou decididamente
Até que venha o eterno dia. 
Mas, enquanto este não vem
sofro as demoras de Deus e espero n'Ele!
Habita-me com Teus raios e serei tua mesmo 
com pequenas chamas de amor.