domingo, 4 de janeiro de 2015

Morrendo de amor (13.11.14)

Quisera eu como Cecília morrer 
tão inflamada de amor, cujas cordas 
vocais, embora dilaceradas cantavam 
melodiosas o amor que as inflamava.

O último e forte motivo para
apartá-la do amor que a nutria,
Tentou por três vezes perder-lê a vida
Separar o seu corpo de sua cabeça, 
o algoz determinado assim a feria.

Querem separar-Te, oh Cristo, 
de seu corpo que és Tu a cabeça
e o corpo por Ti conduzido peregrina 
no mundo a proclamar-Te.

Cecília, embora em leito de morte,
Ensinou ainda Tuas maravilhas.
Quero eu também cantar morrendo 
de amor maravilhas em canção, 
esperando ainda em vida, ter um último 
motivo a impulsionar-me com mais desejo
a alcançar a vida sem fim que ainda em Ti 
espero.

Meu coração está pronto,
se o recebo em comunhão
que importa que o meu corpo feneça,
se o Teu habita nas moradas eternas
lá do Céu?

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