quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Recomeço (25.02.15)

De toda luta que se trava
Se não é com Tua força,
esmorecemos.
A nossa não passa
que orvalho da manhã...
O sol a destrói ligeiramente.
De toda luta que se trava
Se não é com Tua doçura,
azedamos.
O mel torna-se pérfido,
pois o amargo o destrói
ligeiramente.
Nem de toda luta que se
trava vêm a vitória.
Certamente vem, porém,
A esperançosa graça,
De noutra oportunidade, vencer.
Nem de toda luta que se
trava vêm o gozo.
De Ti certamente vem, porém,
um convite sempre novo
de viver um recomeço.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Lembretes do Sagrado (21.02.15)

Dolorido, meu coração
chorou tantas vezes
Inflamado de cólera e dores
Esqueceu-se de Ti. 

Tu, fiel como és,
Rodeavas-me de bilhetinhos,
De amor encharcados,
Lembretes do Sagrado. 

Não os pude encontrar,
Ora de dor desfalecida,
Ora de pecados guarnecida. 

Tu porém, não desististes!  
Buscavas-me e cada vez mais
Escrevia-me ansioso que eu lesse.

Aos poucos encontrei rascunhos
de Tuas mãos amorosas,  
Mesmo com a visão muito turva,
Meu coração respirou com mais paz.

Tu ficastes feliz com meu pequeno
progresso, deixando transbordar de
Teu coração chagado o Amor,
Abrir-me ao regresso.

Voltei! Não por minha força
ou por meu desejo, acontece
que Teus lembretes me trouxeram
de volta.
Em cada lugar estavam espalhados,
dando sentido e pela graça fazendo
tornaram-me filha de novo. 

Hoje compreendo que os lembretes
de tuas mãos amorosas, deixaram
o mesmo amor, não importando
se em momentos ruins ou bons. 
Tu, bondoso amigo, amastes-me
mesmo  quando estava cega.
Agora enxergo-Te ainda turvo,
estou feliz, parece amar-me cada vez mais,
pois tenho percebido o sentido de cada
lembrete deixado em toda minha vida.

São lembretes não do meu pecado,
da minha miséria, são  recados
carinhosos deixados ao longo do caminho
que me recordam o Teu Amor
São  lembretes espalhados 
por todo lado, são
Lembretes do Sagrado.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Sofre o coração meu (15.01.15)

Sofre o coração meu perguntando-se
até quando tardarei em  amar-Te
Sofre o coração meu aninhado
em desejos meus irrealizados,
chorosos em tantas esperas
infindáveis minhas.
Sofre o coração meu acabrunhado
e desfalecido por romper Contigo
o contrato de Amor que Teu Filho
selou na árvore da Vida.
Sofre o coração meu ao ver
o Teu e perceber que nada é
o que sofro e nada me deves,
se o que sofro não me salva
e sim o que sofres.
Sofre o coração meu,
não sofre como os santos
sofreram.
Ficam interrogando-me
meus sofrimentos: se não é por,
com e para Ele,
por que com quem
e para quem sofres?
Sofre o coração meu tardando
a entender o sentido
do sofrimento, que sofrendo
por si mesmo deixa de sofrer
por Quem ama.
Sofre o coração meu
por não perceber o sentido
do sofrimento: o Amor.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O amigo Jesus (05.02.15)

Meu doce amigo!
Jesus é o Seu nome,
O mais forte e marcante de todos...
Marcante tanto quanto nosso encontro.
Em Teu olhar perdi-me como Mateus.
Quando viestes em minha casa,
como fostes a de Zaqueu.
Criança mimada,
me perco de Tua amizade.
Num canto te deixo só.
Me distraio com novos "amigos",
esquecendo-me do meu primeiro Amor.
Criança arrependida, saudosa suplico-te:
Voltes ao lugar que é Teu em meu peito.
Esvaziaram-me os "amigos",
perdi o Teu encanto.
Voltes, não tardes mais!
De amor quero de novo ser envolvida
e para sempre ficar Contigo, meu doce 
amigo, Jesus!